Investimento em imóveis em baixa

A queda na procura por imóveis e forte alta dos preços acumulada nos últimos anos tem causado um efeito negativo no mercado imobiliário: a desvalorização dos imóveis ou retorno abaixo da inflação. Segundo o economista Marcelo Weber, da Interinvest de Blumenau (SC), esse tipo de investimento já atingiu uma curva de maturidade e vem entrando em declínio. Na opinião dele, esse passou a ser um “desinvestimento”. O especialista explica: “Além da baixa valorização dos imóveis, quando comparamos com investimentos tradicionais, ainda há a desvantagem dos custos de transação, cartório, etc. Temos que considerar também o tempo em que o imóvel fica sem inquilino, despesas com manutenção, inadimplência, entre outras desvantagens”.

Weber observa que, quanto maior o padrão do imóvel, menor o retorno. “Geralmente, o retorno de aluguel sobre o valor do imóvel gira em torno de 0,5% ao mês. Mas, atualmente, o mercado está praticando preços até menores, de 0,3%. Aplicando em fundo conservador de renda fixa, por exemplo, é possível receber até 1,0% ao mês nos atuais patamares da taxa Selic”. Segundo o economista, os investidores acabam ignorando alguns aspectos importantes antes de alocar seus recursos em imóveis, como, por exemplo, o cenário macroeconômico e outras alternativas mais de investimentos.

Nos últimos anos, tivemos no Brasil elevação das taxas de juros; taxa de desemprego chegando a dois dígitos; aumento da inadimplência; baixa confiança da indústria e do consumidor; e restrição ao crédito. “Esse quadro de baixa atividade econômica resultou em crescimento pífio em 2014 e, posteriormente, à recessão em 2015 e 2016. Tal cenário, fez com que o setor imobiliário viesse a sucumbir nos últimos anos. Atualmente, nosso prognóstico é de que a economia voltará a crescer a partir de 2017. Sendo consenso no mercado que poderemos ter um crescimento de 1,2% do PIB no ano de 2017. Entretanto, mesmo projetando um aquecimento na atividade econômica, não esperamos que tenha reflexo no setor imobiliário no curto prazo. Isso porque o crescimento do setor imobiliário depende de condições estruturais que dificilmente ocorrerão em um curto período”, explica Weber.

Por esses motivos, segundo o especialista, quem estiver pensando em investir em imóveis deve considerar outras opções como, por exemplo, renda fixa. Algumas vantagens seriam a liquidez presente nesses ativos, com resgate da aplicação quase que imediata, a possibilidade de fracionar esses resgastes (ou seja, é possível se desfazer apenas de parte da aplicação) e a alternativa de diversificação dos recursos, não ficando todo o montante aplicado em apenas um ativo.

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