Narrativa policial com humor surpreendente permeiam novo livro de Fernando Becker


Conhecido por publicar, em 2009, o famoso livro que conta a lenda dos túneis secretos localizados no Teatro Carlos Gomes, novo romance policial do autor chega às livrarias.

Já está nas bancas o sexto livro do advogado e escritor, Fernando Becker. A obra é um romance policial que conta as aventuras do detetive Afonso Machado da Maia e do inspetor de polícia Dr. Karl Feigenbaum. A história se passa em uma (in) certa cidade alemã do Sul do Brasil, no final da década de 1930.

Intitulado “A terrível morte do adido do consulado português”, a trama é narrada em três contos: “O sumiço de Trauld Munchow”, “A terrível morte do adido do consulado português” e “El Destripador porteño”. O leitor ficará envolvido com as conversas acirradas na barbearia Der Friseur e as discussões entre os personagens, além de relaxar com as viagens de trem, navio e os passeios pelo porto SS. Sacramento e Buenos Aires.

Crowdfunding
O livro foi viabilizado por meio de crowdfunding – que é uma modalidade de financiamento coletivo para projetos culturais. Ela funciona a partir de contribuições financeiras que são feitas pelos interessados pelo projeto. No caso deste livro, 310 exemplares foram comprados por 80 pessoas físicas e 15 empresas, antes mesmo de sua publicação.

As obras do autor
Fernando Becker publicou, em 2009, um romance infanto-juvenil que trata da conhecida lenda dos túneis secretos localizados no Teatro Carlos Gomes, intitulado “O segredo do meu avô”. Além desse, ele também publicou os livros “Fraternidade”, em 2002, “Zur Friedenspalme”, em 2005, “O aprendiz de cavaleiro”, e “Carapaná e o povo sem sono”, ambos em 2007.

Disponibilizamos abaixo a apresentação da obra, escrita pela doutora em Literatura Iara de Oliveira.
“A literatura policial se consolidou no século XIX com a produção contística de Edgar Allan Poe, até hoje considerado um gênio deste ramo da arte literária. Desde então, este gênero textual já passou por momentos de glória, caracterizados no investigador mais célebre da ficção, Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle, e por grandes turbulências, quando se viu alçado, por alguns ramos da crítica, ao patamar de “literatura menor”. No entanto, resistindo bravamente, segue abrindo espaço entre as prateleiras das estantes, nas livrarias e na mente e no coração dos ávidos leitores.
Apesar da instabilidade do gênero policial, bem característica, aliás, das produções literárias em geral, o fato incontestável é que este tipo de texto desperta grande interesse do público leitor o qual busca uma leitura fruitiva, uma boa dose de suspense, de adrenalina e, na condição de assistente ou mesmo de protagonista, uma boa investigação no universo mágico e fascinantemente desconhecido que o gênero revela. Mas tudo isso dosado de forma adequada numa trama bem elaborada e de qualidade.
O livro do escritor Fernando Henrique Becker Silva se encaixa perfeitamente neste perfil, configurando-se como um excelente exemplo de literatura policial de qualidade. As tramas de seus contos mostram um investigador de personalidade complexa, situações inusitadas, humor na medida certa, muitas pistas – todas associadas ao desencadear dos eventos, raciocínios bem elaborados e plenamente articulados aos fatos, um fundo histórico instigante e intertextos que permitem ao leitor conhecer e enveredar pelos caminhos da boa literatura universal. Como se isso já não fosse garantia suficiente da excelência de sua produção, há, ainda, um cuidado especial com a linguagem que, articulada com maestria, contribui para o enriquecimento vocabular e para o conhecimento de nossa própria língua.
Os contos de Fernando reúnem tudo que um leitor aficionado quer encontrar em uma boa narrativa policial: suspense, ação, romance (sem apelo sexual), humor refinado e final surpreendente. Não há como deixar de fazer partes das conversas acirradas na barbearia Der Friseur, ficar alheio às discussões entre o investigador Machado da Maia e o policial Dr. Karl Feigenbaum ou negligenciar as viagens de trem, navio e os passeios pelo porto, por SS. Sacramento, pelas ruelas de Buenos Aires para os quais é constantemente convidado aquele que se aventura pelas instigantes linhas destas tramas.
Uma vez mais presencia-se, neste início de século, a renovação da produção literária (e renovação é uma condição intrínseca à própria arte literária), incluindo-se no processo, é claro!, o gênero policial. Na nova lavra de escritos ficcionais e escritores talentosos, inquestionavelmente está Fernando e seu investigador Machado da Maia. Por isso, leitor, apresentado o autor e sua brilhante produção, resta convidá-lo a aventure-se nas páginas do livro e comprovar, por si mesmo, a plenitude de um bom texto policial! “

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