Mãos femininas nas obras

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Estudo divulgado recentemente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta crescimento de quatro pontos percentuais na participação feminina no mercado de trabalho em todos os setores de atividades entre 2000 e 2008. Em Santa Catarina, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que o mercado de trabalho formal no Estado é composto, atualmente, por 57,3% de homens e 42,7% de mulheres. Ainda segundo o Caged, das novas vagas criadas em 2008 46,5% foram ocupadas por homens e 53,5% por mulheres. Ou seja, mais mulheres foram absorvidas pelo mercado naquele ano, em comparação aos homens.

A exceção é a construção civil, onde a proporção de mulheres ficou praticamente estável nos últimos oito anos. Em contrapartida, foi o setor de atividade econômica no qual a remuneração média de contratação feminina foi muito semelhante à masculina. Segundo especialistas, dados como esse apontam para uma forte tendência de crescimento da participação das mulheres na construção civil.

Uma empresa que já está utilizando esse tipo de mão-de-obra é a FG Empreendimentos, de Balneário Camboriú (SC). Hoje, nove mulheres trabalham na construção, na área de limpeza. A coordenadora de RH da empresa, Daiane Gorges, conta que, no início, houve certa resistência por parte dos engenheiros e mestres de obras. Mas, superados os preconceitos, o resultado foi compensador. “Depois que a primeira mulher iniciou na obra, o pedido de incorporarmos mais mulheres veio dos próprios engenheiros e mestres. Elas agradaram por serem mais detalhistas e minuciosas”, afirma Daiane.

A procura delas por vagas na construção também tem aumentado. Segundo a coordenadora de RH, a empresa recebe cerca de 15 a 20 cadastros de mulheres por mês. Além da limpeza, outra área da FG que está apostando no talento feminino é a engenharia, com a inserção da primeira estagiária, há cinco meses. “Esse mercado tende a aumentar. As construtoras estão percebendo a necessidade de ter mulheres dentro das obras, para se ter uma outra perspectiva”, observa.

Internos do CIP poderão participar do Entra 21

Adolescentes do Centro de Internação Provisória (CIP) terão a oportunidade de aprender uma profissão e voltar ao convívio social preparados para o mercado de trabalho. A OAB de Blumenau, por meio da Comissão da Criança e do Adolescente, vai firmar parceria com o Blusoft, para implantar o Programa Entra 21 junto ao CIP. “A Comissão preocupa-se com a ressocialiazação por meio da educação dos internos e também a inserção desses jovens no mercado de trabalho como solução eficaz para a diminuição dos índices de reincidência e, conseqüentemente, diminuição da violência em nossa região”, observa a coordenadora da Comissão, Simone Cipriani.

O convênio será firmado em uma solenidade marcada para o dia 25 de outubro, às 19h30, na sede da OAB. “A ideia, a partir desta iniciativa, é obter o apoio das empresas para aquisição de computadores e demais equipamentos necessários para montar um local apropriado à realização das aulas”, acrescenta Simone.

O Programa Entra21 visa ao investimento na formação em Tecnologia da Informação para jovens de baixa renda do Vale do Itajaí. Toda a programação é baseada num estudo de demanda das empresas da região, o que garante o índice de inserção no mercado de trabalho superior a 80%.

Legislação prevê multa para quem não remeter arquivo de documento fiscal eletrônico

As empresas brasileiras já vêm há algum tempo utilizando o sistema de Nota Fiscal eletrônica (NF-e) para se adaptar à legislação. Em julho deste ano, o Conselho Nacional de Política Fazendária publicou o Ajuste Sinief tornando o contribuinte emissor responsável por encaminhar ou disponibilizar o download do arquivo ao cliente imediatamente após a autorização da NF-e. Até então, a lei não determinava o prazo limite para o envio do arquivo.

Uma novidade que muita gente ainda não sabe é que uma lei específica para o Estado de Santa Catarina também prevê multa no valor de R$ 1.000,00 para quem deixar de remeter ou disponibilizar ao destinatário o arquivo de documento fiscal eletrônico. Incorre também nessa multa o destinatário que deixar de efetuar a confirmação de recebimento de mercadoria acobertada por documento fiscal eletrônico; deixar de guardar os arquivos eletrônicos de documentos fiscais eletrônicos; ou deixar de comunicar ao Fisco o recebimento de documento fiscal eletrônico emitido em contingência sem existência da respectiva autorização ao terminar o prazo legal de transmissão do arquivo pelo emitente. Para contribuintes de outros Estados, a aplicação de multa deve ser verificada com a respectiva Secretaria de Fazenda.

Algumas empresas de TI que oferecem sistemas de NF-e auxiliam os clientes para que eles não corram o risco de serem multados. É o caso da G2KA Sistemas, de Blumenau (SC), cuja solução contempla este requisito das duas formas: encaminhando o arquivo ao destinatário por e-mail e disponibilizando via download. “No processo de envio por e-mail, basta habilitar o envio e passar o endereço do destinatário. Logo após obter a autorização da Secretaria da Fazenda, o sistema imprime o DANFE e encaminha o arquivo da NF-e por email. Já o download é feito por um módulo específico: o G2KA Portal B2B. Com ele o cliente emitente pode disponibilizar aos destinatários um acesso web para que os mesmos possam efetuar o download dos arquivos XML das notas”, explica um dos sócios da G2KA, Maicon Klug.

Novidades para a Oktoberfest

Música, tradição, diversão e cerveja. Esses são alguns dos ingredientes principais da Oktoberfest 2010. E para animar ainda mais o público participante, a Bierland vai proporcionar uma oportunidade única para os festeiros: os quatro tipos de chope da cervejaria estarão disponíveis, além do coquetel de vinho (também conhecido como “chope de vinho”). A iniciativa é inédita porque, fora da Oktoberfest, a Bock e a Pale Ale da Bierland só podem ser encontradas em garrafas. Então, aproveite para se deliciar neste mês de outubro!

A CRISE DA SUCESSÃO

Principal fator de mortalidade das empresas familiares, a sucessão continua um paradigma

O Brasil possui atualmente cerca de oito milhões de empresas. Aproximadamente 90% delas são familiares e vão desde a padaria até grandes corporações. De cada 100 empresas, 30 chegam à segunda geração da família e somente cinco chegam à terceira. Apenas 15% dos herdeiros dos maiores empresários do Brasil do século passado permanecem no mundo dos negócios.

Os dados demonstram que fatores como a falta de planejamento da sucessão, os conflitos entre membros da família ou a ausência de programas de carreira para o fundador da empresa podem afetar a continuidade dos empreendimentos familiares. “O fundador deve saber como e quando começar a formação dos seus herdeiros e sucessores. Grande parte dos empresários não sabe como estruturar, conduzir e desenvolver um programa de formação para seus filhos”, aponta o consultor empresarial Júlio Vieira.

Um conselho do consultor é estimular o filho a trabalhar primeiro fora da empresa da família, para aprender hierarquia, disciplina e humildade. “Para sobreviver e crescer em mercados cada vez mais exigentes e competitivos, as novas gerações devem ser treinadas para serem líderes e tomar decisões em ambientes de incertezas e rápidas mudanças”, avalia. Além disso, é preciso evitar colocar os herdeiros como assessores ou assistentes, não ser centralizador demais e lembrar que, na empresa familiar, não há como acabar com os vínculos de sangue.

Por outro lado, os herdeiros também devem se preparar para o futuro, conhecendo os diferentes objetivos e necessidades da sua geração e da anterior. “Os sucessores devem saber avaliar o real tamanho e capacidade financeira da empresa dentro do mercado e conhecer a importância de criar novos desafios para a geração que irá se afastar”, acrescenta Vieira.

Conflitos inevitáveis e planejamento

É certo que há conflitos praticamente inevitáveis entre família e empresa, o que pode refletir no aumento de gastos, falta de disciplina, utilização ineficiente dos administradores não-familiares e excesso de personalização dos problemas administrativos. Por isso, é imprescindível definir a atitude que a família terá face à profissionalização da empresa e, só então, decidir se essa profissionalização poderá ou não ocorrer com pessoas externas.

“É comum, também, a família não respeitar a personalidade e as expectativas de vida do herdeiro e desde cedo incutirem na formação dele que tomará o lugar do pai ou da mãe”, alerta Júlio Vieira. Segundo ele, a governança corporativa e familiar, com a formação de um conselho de administração e um conselho de família, é um caminho bastante interessante.

Outra recomendação do consultor é a realização de um coaching de transição para ajudar na definição do futuro modelo de vida do sucedido. As empresas familiares devem passar a entender melhor o que o negócio significa para os fundadores e desenvolver atitudes mais proativas em busca do sucesso, tanto da organização como das pessoas e familiares envolvidos direta e indiretamente. “Os conflitos empresariais sucessórios podem levar até ao encerramento das atividades. Se a empresa familiar pretende a continuidade do negócio, em determinado momento precisará iniciar um processo de sucessão. Eis aí a importância de um planejamento sucessório decidido, firme e constante, que respeita o contrato social, os acordos societários, a estrutura organizacional e os familiares”, observa Vieira.

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