Elas não estão imunes ao Coronavírus, porém, o vírus tem manifestado uma menor incidência nas crianças.
As crianças representam o público menos atingido pela pandemia do Coronavírus. A imunidade cruzada, desencadeada por episódios de infecções por vírus que ocasionam o resfriado comum, com estrutura semelhante ao 2019-nCoV, causador da Covid-19, parece ser uma justificativa destacada para tal fato.
Para o médico pneumopediatra do Hospital Dia do Pulmão, centro de referência na área respiratória, de Blumenau (SC), Dr. Laerte Costa Alberton, as crianças expostas ao vírus, podem apresentar sintomas da doença, porém, na maioria dos casos não apresentam tanta gravidade. “Recentemente, relatos científicos com dados de crianças admitidas em UTIs dos Estados Unidos e Canadá indicaram que esse público corre atualmente um risco maior de sofrer quadros graves pelo vírus Influenza do que por Covid-19. Desta forma, deveremos enfrentar em breve todas as outras viroses respiratórias, como o aparecimento das sinusites, amigdalites, otites, pneumonias, broncopneumonias e bronquiolites, e a piora da asma, alergias e outras doenças respiratórias crônicas”, diz.
Dr. Laerte explica que devemos lembrar que são sete os Coronavírus identificados até agora, sendo que quatro são definidos como os coronavírus sazonais, responsáveis pelas múltiplas infecções respiratórias que acometem predominantemente as crianças. “A nossa região possui dentre outras características geossociais e de estrutura de saúde, a sazonalidade como fator importantíssimo para a ocorrência de patologias respiratórias. As crianças têm a recorrência destes eventos, inversamente proporcional a sua faixa etária, com predominância dos quadros virais, onde o Coronavírus tem apresentação frequente”, revela.
O pneumopediatra destaca que, abstraindo-se a possibilidade de as crianças serem portadoras assintomáticas do Coronavírus e o seu papel na cadeia de transmissão da Covid-19, é necessário enxergar sanitariamente além da pandemia. “Finalmente, é necessário enfatizar que muitos destes eventos podem ser evitados ou minimizados pela atualização da carteira vacinal e pela orientação preventiva ou reavaliação do médico”, conclui Dr. Laerte.
Sobre o Hospital
Hospital Dia do Pulmão atua em Blumenau desde 1982, com prestação de serviços voltados ao diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias. Destacam-se nesta trajetória pioneira, a introdução da fisioterapia respiratória e pneumologia pediátrica.
Além de atendimento nas áreas de pneumologia, alergologia, otorrinolaringologia e cirurgia torácica, o Hospital do Pulmão conta com serviço de Pronto Atendimento, consultórios, exames e tratamentos que permitem o atendimento, diagnóstico e tratamento sequencial nas dependências do HDP.
Essa abordagem permite conduzir 99.39% dos pacientes na estrutura do Hospital Dia do Pulmão, o que permite a desospitalização do atendimento. Somente 0,61% dos pacientes atendidos pelo HDP são encaminhados para os hospitais convencionais.
No incio deste ano, o HDP reestruturou o Setor de Pronto Atendimento, separando os atendimentos dos pacientes adultos e pediátricos.
Outro diferencial da área de imunizações é a nova estrutura física com acesso externo, localizada ao lado do Laboratório de Análises Clínicas Hemos, pessoal dentro de parâmetros sanitários e técnicos internacionais, passando pela monitorização do transporte, conservação (central de refrigeração com sistema de backup que inclui gerador de energia) e manuseio por equipe certificada e treinada especificamente nesta atividade.
Recentemente a ativação da consultoria de Vacinas, que permite análise via WhatsApp das carteiras de vacinações, orientações e até agendamentos como o diferencial que caracteriza o HDP ao longo dos seus 37 anos.
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