O setor têxtil brasileiro está unido por uma causa nobre – a obrigatoriedade do uso de uniforme estudantil na rede pública. Com a proposta seriam beneficiados os alunos e a indústria têxtil nacional. Segundo o presidente da Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil -, Aguinaldo Diniz Filho, a uniformização cria um contexto de educação para a cidadania, conferindo ao estudante identidade de grupo e noção de pertencimento a uma comunidade como forma de socialização, assumindo um caráter pedagógico. “A princípio serão 50 milhões de kits escolares ao ano, produção que irá gerar aproximadamente 425 mil empregos diretos e indiretos e resultará em faturamento de R$ 3,5 bilhões para o nosso setor”, destaca Diniz.
As ações visando manter esta produção na indústria têxtil nacional estão sendo desenvolvidas pela Abit com o apoio de outras entidades têxteis, como o Sintex, que enviou kits de uniformes escolares catarinenses para serem avaliados em uma reunião realizada no dia 3 de julho em Brasília. O encontro contou com a presença do diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e condutor do programa de uniformes, Dr. José Carlos Freitas.
Segundo o gerente de tecnologia da Abit, Sylvio Napoli, que participou da reunião, se avançou muito em relação ao programa. “Deixamos o antigo kit, elaborado em 2003, e as propostas completas para o novo kit; e o que impressionou muito o diretor do FNDE foram as amostras físicas que levamos. Inclusive foram muito elogiados os kits de Blumenau e do Estado de Santa Catarina”, afirma Napoli.
O gerente da Abit acredita que a partir do próximo mês, deve-se avançar com o programa. “Estamos muito bem encaminhados no assunto e mais uma vez precisamos nos unir para o sucesso do programa e ao final produzir integralmente os uniformes aqui no Brasil”, ressalta.