Mulheres no Pedal

No ciclismo as mulheres provam mais uma vez que existe pouca diferença entre elas e os homens. Cada vez mais a ala feminina adere às pedaladas e mostra que não existe sexo frágil. Elas usam a bicicleta como meio de transporte, treinam e fazem passeios nos mesmos grupos que os homens e muitas vezes não há distinções de percurso mesmo em provas de competição.

A paranaense Sirlei Dal Maso (45 anos) que vive hoje em Balneário Camboriú (SC) utiliza a bicicleta como meio de transporte desde os anos 80. “Comecei pela simplicidade e para ter independência antes de poder dirigir”, conta. Mais tarde veio também o interesse pela bicicleta como forma de lazer. “De 2000 a 2005 realizava passeios de bike para estimular clientes a pedalarem; em 2006 descobri a maravilha do cicloturismo e daí a bicicleta me impulsionou a conhecer outros lugares, a viajar longe para pedalar em grupo. Tenho hoje amigos e conhecidos em várias partes do Brasil, por causa da bicicleta”, conta. Entre os benefícios que sente ao pedalar estão disposição e bom humor.

Outra entusiasta do ciclismo é a catarinense Marisa Terezinha Pereira (55 anos), empresária que se divide entre Ilhota, onde é também Secretária de Turismo, e Balneário Camboriú. “A bicicleta oferece uma ótima opção para exercitar-se, para conhecer pessoas, para reparar lugares que você não observa ao passar de carro, para desestressar. É uma verdadeira terapia, além de servir de transporte”, afirma.

Para Sirlei, a bicicleta também apresenta muitas vantagens como meio de transporte. “Rapidez de locomoção, chegar onde quiser apesar dos congestionamentos e praticidade para estacionar, ainda que com pouca segurança, por causa de roubos”, destaca. Uma das necessidades ainda é a ampliação das ciclovias para facilitar, dar mais segurança e incrementar o uso da bicicleta.

Sirlei afirma que a postura do brasileiro está mudando, mesmo que de forma um pouco lenta, em sua opinião. “As associações e o poder público tem obrigação de fazer as mudanças e mobilizações para melhor adequar nosso trânsito para o uso da bicicleta”, destaca. Ela também defende a ideia do ciclismo como fator de inclusão. De acordo com Sirlei, idade, peso, profissão, classe social e até pequenas limitações não interferem para que um grupo use a bicicleta como lazer e para o bem-estar.

Bicicletas e acessórios para o público feminino

Durante muitos anos, as mulheres que praticavam ciclismo eram obrigadas a se adaptarem aos equipamentos feitos exclusivamente para o universo masculino. Hoje, este cenário mudou e grandes fabricantes produzem acessórios para o público feminino que vão muito além dos detalhes cor-de-rosa. Tudo é pensado e desenvolvido para propiciar maior conforto e desempenho para a mulher na prática do esporte.

“Principalmente nos últimos dois anos, percebemos na indústria do vestuário uma atenção especial para a mulher que decide pedalar”, conta Sirlei. O mercado dispõe de itens como bermudas com forro especial, camisas de ciclismo com bolsinhos para chave, celular e documento.

Outra mudança disponível nas bikes femininas são os selins, que são mais largos para se adaptarem melhor aos quadris femininos. Eles possuem depressões e estrutura para evitar desconfortos, assaduras e dormências.

Cycle Chic: bicicleta com elegância

Nada de roupas esportivas ou visual largadão para pedalar. A bike também pode combinar com o estilo de cada um: desde o visual para o trabalho de cada dia, um passeio num domingo de sol ou uma balada no fim de semana. Os adeptos do cycle chic aliam pedal e estilo, usando roupas pedaláveis – bonitas e confortáveis. Nada de roupas de praticar esporte. A ideia é encarar o trânsito de bike e chegar aos compromissos vestido do mesmo jeito que estaria se tivesse ido de carro, ônibus, táxi ou a pé.

O movimento surgiu em 2006 na Dinamarca, onde foi criado o blog Copenhagen Cycle Chic (http://www.copenhagencyclechic.com/). A ideia era mostrar como as pessoas se vestiam para andar de bicicleta na capital mundial do ciclismo. Desde então, surgiram vários blogs do gênero por todo o mundo, mostrando que é possível aliar moda e pedais.

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