Unisenai promove simpósio com trabalhos sobre inovação e tecnologia e debate integração entre indústria e universidades

Evento que faz parte da programação da Semana da Indústria ocorre de forma presencial e online

Promover a integração entre universidade e indústria em busca de soluções para dificuldades reais e em prol do desenvolvimento da educação. Assim começou o Simpósio Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Simpex) promovido pelo Centro Universitário Senai (UniSENAI). Integrante da programação da Semana da Indústria, o Simpex ocorreu em Blumenau e foi transmitido para todo o estado de Santa Catarina.  

Ao todo, 221 trabalhos foram aceitos no simpósio para apresentações on-line e presenciais com debates sobre temas relacionados aos desafios do ensino superior e as tendências das universidades para conectar com o mundo do trabalho. A pró-reitora de Ensino e Extensão do UniSENAI, Barbara Yadira Mellado Perez, destacou a importância de oportunizar o debate sobre a educação dentro de um evento significativo como a Semana da Indústria. 

“Estamos abrindo um simpósio para falar da relação entre universidade e indústria, que nesse momento faz total sentido pelas demandas e necessidades que a indústria está colocando a todos nós. Hoje a universidade pode contribuir de maneira muito efetiva na inovação, com a introdução de novas tecnologias, para fazer a diferença também nos processos e na formação de força de trabalho. Então, esse é o grande propósito: fazer pontes e criar redes de relacionamentos da universidade com a indústria”, declarou. 

O vice-presidente da FIESC para o Vale do Itajaí, Ulrich Kuhn, ressaltou que o desenvolvimento da indústria catarinense passa por um modelo global de educação: “A evolução do conhecimento vem numa rapidez tão fantástica que essa preocupação da educação, da inovação, da pesquisa passa a ter cada vez mais uma importância brutal, com o desafio de manter Santa Catarina no nível que estamos hoje, e aí a Federação tem um papel muito importante, na filosofia do ensino global, que tem que começar com o fundamental, tem que ir para o médio, ensino profissional, graduação, pós-graduação, aí sim vamos ter, lá na frente, gente formada dentro desse conceito”. 

 

Debate entre indústria e universidade

Na abertura do evento, uma mesa-redonda com representantes de empresas e de instituições de ensino superior debateu novos modelos de ensino e desafios para a inovação e desenvolvimento da indústria no Brasil. O debate foi mediado pelo pró-reitor de Pesquisa e Inovação do UniSENAI, Luís Gonzaga Trabasso e contou com a presença de representantes da indústria, que fizeram relatos sobre as parcerias bem-sucedidas com as instituições de ensino e também com o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Jacques Mick. 

Fernando Fey, diretor financeiro e administrativo da Metalúrgica Fey, de Indaial, relatou a experiência que levou a implantação da Graduação Tecnológica em Gestão da Produção Industrial na modalidade DUAL, resultado da integração entre empresas da região – que apontaram as necessidades na formação de mão de obra – e a universidade. “É um curso que alia a teoria e a prática na universidade e trabalha a gestão e a inovação. Muitas vezes a gente precisa mergulhar no problema para que a solução seja encontrada. Tem muitas oportunidades de parceria, mas não adianta a indústria ficar esperando. A qualificação da mão de obra é uma necessidade básica para se manter no mercado”, afirmou. 

Para o gerente de Engenharia e Inovação da Schulz S.A., Thiago Chiarotti, indústria e universidade precisam andar juntas no desenvolvimento de novos métodos de educação por conta das mudanças nos perfis profissionais – que culminam no fim de determinadas funções e no surgimento de outras. “A gente precisa olhar para as nossas demandas e também para as mudanças. Dentro da metalurgia tem atividades que ninguém mais quer fazer, ninguém quer esmerilhar peça, então isso tem que ser automatizado. Aí nós vamos precisar de mais especialistas em automação para conseguir suprir essa necessidade de uma outra forma”, aponta.  

Sebastião Nau, gerente de Gestão e Inovação Tecnológica da WEG, ressaltou a importância da formação do profissional de maneira multifuncional. “A formação é fundamental, e não apenas na parte técnica. Nós buscamos profissionais não apenas com a expertise em engenharia, química, matemática, mas além da sólida formação técnica, é necessário saber falar e escrever bem, saber se comunicar, e buscar cada vez mais conhecimento”, acrescentou. 

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFSC, Jacques Mick, apontou que é de extrema importância que a universidade entenda a demanda da indústria para poder mapear as necessidades e desenvolver os currículos de maneira eficiente. Além disso, o pró-reitor também destacou a necessidade promover a diversidade entre as profissões e de criar o estímulo para que os jovens se interessem pelas profissões do setor. “O interesse nas carreiras não ‘brota do nada’, ela vem de uma construção social. A vontade de uma menina de ser cientista tem que ser construída desde a pré-escola, perpassando o ambiente escolar – é um trabalho da família e da sociedade aumentar o estímulo e incentivar o interesse nas carreiras da indústrias”. 

A Semana da Indústria é um evento anual realizado pela Federação das Indústrias em parceria com o SENAI, o SESI e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O Dia da Indústria é comemorado no dia 25 de Maio.

 

 

Mais informações:
Presse Comunicação Empresarial – Assessoria de Imprensa
Blumenau – Tubarão (Santa Catarina)
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